terça-feira, 4 de junho de 2013

Depoimentos sobre leitura e escrita.


“Meu interesse pela leitura iniciou se cedo devido às histórias que meu pai contava para mim e para o meu irmão. Além disso, participava das evangelizações nas casas e como as leituras eram compartilhadas tinha vontade de participar, com isso quando comecei a ser alfabetizada não faltou motivação para começar a ler.

Na escola pegávamos livros na biblioteca líamos e depois contávamos as histórias com isso um sempre se interessava pelo livro do outro e estávamos sempre lendo. Depois no período de faculdade deixei um pouco de lado a leitura, observei que o fato de não termos livre acesso as prateleiras com os livros nos desmotivas. Quando comecei a lecionar trabalhei em uma escola onde os professores sempre comentavam o que estavam lendo e com isso voltei a ler.”

Fabiane Vieira Martins Zanata

 
 

“Ao ler o relato do pintor Newton Mesquita lembrei-me do tempo em que eu era apenas uma colegial e morria de medo de ter que escrever uma redação (não importando o gênero). Ao ter que colocar no papel meus pensamentos, sentimentos e opiniões, era acometida por uma angústia inexplicável, que tomava conta de todo o meu ser e me paralisava. Passava horas e horas diante da folha em branco, com o lápis na mão, as ideias “fervendo” sem saber por onde começar e muito menos como terminar. Isso só começou a mudar quando cursava a terceira série do ensino médio, e minha estimada professora Maraíza solicitou que escrevêssemos um texto (tema e gênero livres). Eu, como sempre, passei horas sem saber o que escrever, até que decidi escrever sobre o sofrimento que tal ato me causava. Sem perceber, fiz daquele pedaço de papel o meu “amigo” confidente. E, para minha surpresa, essa foi a melhor redação que escrevi enquanto aluna, recebi uma ótima nota e mais do que isso, junto com ela, recebi palavras de incentivo, que me deram coragem para simplesmente escrever, sem qualquer tipo de receio. Assim aprendi que é escrevendo que se aprende a escrever, primeiramente faça um rascunho, depois é só passar a limpo. Como disse o médico e escritor Moacyr Scliar: ‘a cesta de lixo é a grande amiga do escritor.’ (Correio Braziliense, 31 ago. 1996. D.A. Press)”.

Liliam Aparecida Alves Paes

 
 

“Na minha infância não tive contato com os livros, mas a vontade de estudar sempre esteve presente em minha vida, embora meus pais não tivessem concluído as séries do ensino fundamental II, me incentivavam.

Meu primeiro contato com a leitura e a escrita foi com a cartilha Caminho Suave, embora não seja um livro literário e sim uma cartilha de alfabetização, me encantava e fazia sonhar. São inesquecíveis as historinhas do R de rato, o C da casa e o F de faca. Gostava muito de repetir as historinhas, lia na escola e em casa, meus irmãos ficavam repetindo comigo.

Os primeiros contatos com a leitura é de fundamental importância para as nossas percepções futuras, pois interferem na formação do ser humano crítico, capaz de encontrar as possíveis resoluções para os problemas sofridos pela sociedade, a qual se pertence. Gosto da ideia de humanização pela leitura de Antonio Cândido, pois acredito que a leitura pode amenizar muitos conflitos”.

Renata Flávia Pereira

 


"Sempre gostei muito de ler e escrever. Adquiri esse gosto pela leitura e escrita com revistas em quadrinhos que meu pai trazia de suas viagens. Adorava quando minha mãe lia aquelas historinhas para mim. Quando eu aprendi a ler já foi um avanço. Eu devorava aquelas revistinhas, lia não sei quantas vezes a mesma história e enquanto meu pai não trazia revistas novas eu tentava criar meus próprios personagens e histórias. Eu só não sabia desenhas, mas tudo bem.

O  mais curioso é que eu tinha brinquedos, mas não curtia tanto porque era sempre a mesma coisa. Já os quadrinhos não, as histórias eram diferentes, ambientes diferentes. E mesmo quando eu lia a mesma história, eu imaginava cenas diferentes a cada leitura.

Um  tempo depois, na escola, gostava muito de escrever redações, criar minhas próprias histórias e lembro até hoje quando eu escrevi um texto em que a professora de língua portuguesa pediu para narrarmos um jogo de futebol. Tema que por sinal eu gosto muito e pra mim foi tão natural escrever que acho até que ficou bom porque ela  gostou.

Essas são algumas das situações passadas que guardo em minha memória. A leitura e a escrita foram e são muito importantes em minha vida. É o meu momento de aprender, refletir, imaginar o ambiente da forma que eu desejar, fugir do lugar onde estou me transferindo para outra época e ou ambiente. Posso inventar, reinventar, criar o mundo ao meu modo e dar vida aquilo que só existe na minha imaginação"

 
Marcelo Massaruti
 
 
 

“Eu quando criança, não tinha o hábito da leitura, pois minha mãe nunca incentivava esta pratica aos filhos, imagino que isto deva acontecer também com nossos alunos, por isso procuro incentivá-los.

As minhas primeiras experiências com livros aconteceram na escola, com meu professor de português, que exigia a leitura de um livro por mês, e foi ai que começou a despertar o gosto pela leitura.

Para mim a leitura é transformação, essencial para o desenvolvimento da escrita, bem como para o aprofundamento do vocabulário, é estar bem informado e antenado com o mundo.

No mundo nada se cria, tudo se transforma”.

Silvana Luiza Bravin Soares

 
 
 

“Minha iniciação no mundo das letras foi muito familiar, pois quem me ensinou a ler e escrever foi uma mulher prá lá de especial: minha mãe, minha professora na 1ª série.

Assim como acontecia com Newton Mesquita, os livros na minha infância também me faziam imaginar os lugares, as situações, os personagens. Transportavam-me a um outro mundo, o mundo da fantasia. E era simplesmente maravilhoso! Durante as férias, na casa de meus avós, eu passava o dia inteiro lendo a ‘Coleção Amigo da Infância’, com contos de Perrault, Anderson, Grimm e outros autores.

Outro fato marcante, foi que na 8ª série participei de um concurso de redação, no qual deveríamos escrever sobre o carteiro. Minha redação foi selecionada em 1º lugar e como prêmio ganhei o livro ‘O Pequeno Príncipe’.

Com o passar dos anos, o trabalho, compromissos, casa, filhos, fizeram com que eu lesse cada vez menos, a ponto de passar anos sem ler um único livro. Mas, sinto falta daquele período eu que eu ‘viajava’ com a leitura... Espero voltar a me encantar com os livros, e fazer da leitura um hábito, como o hábito de escovar os dentes, dito pelo nosso colega Renan”.

Silvana Santina Fabretti Martinez
 
 

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