“Meu interesse pela leitura iniciou se cedo devido às
histórias que meu pai contava para mim e para o meu irmão. Além disso, participava
das evangelizações nas casas e como as leituras eram compartilhadas tinha
vontade de participar, com isso quando comecei a ser alfabetizada não faltou
motivação para começar a ler.
Na escola pegávamos livros na biblioteca líamos e
depois contávamos as histórias com isso um sempre se interessava pelo livro do
outro e estávamos sempre lendo. Depois no período de faculdade deixei um pouco
de lado a leitura, observei que o fato de não termos livre acesso as
prateleiras com os livros nos desmotivas. Quando comecei a lecionar trabalhei
em uma escola onde os professores sempre comentavam o que estavam lendo e com
isso voltei a ler.”
Fabiane
Vieira Martins Zanata
“Ao ler o relato do pintor Newton Mesquita
lembrei-me do tempo em que eu era apenas uma colegial e morria de medo de ter
que escrever uma redação (não importando o gênero). Ao ter que colocar no papel
meus pensamentos, sentimentos e opiniões, era acometida por uma angústia
inexplicável, que tomava conta de todo o meu ser e me paralisava. Passava horas
e horas diante da folha em branco, com o lápis na mão, as ideias “fervendo” sem
saber por onde começar e muito menos como terminar. Isso só começou a mudar
quando cursava a terceira série do ensino médio, e minha estimada professora
Maraíza solicitou que escrevêssemos um texto (tema e gênero livres). Eu, como
sempre, passei horas sem saber o que escrever, até que decidi escrever sobre o
sofrimento que tal ato me causava. Sem perceber, fiz daquele pedaço de papel o
meu “amigo” confidente. E, para minha surpresa, essa foi a melhor redação que
escrevi enquanto aluna, recebi uma ótima nota e mais do que isso, junto com
ela, recebi palavras de incentivo, que me deram coragem para simplesmente
escrever, sem qualquer tipo de receio. Assim aprendi que é escrevendo que se
aprende a escrever, primeiramente faça um rascunho, depois é só passar a limpo.
Como disse o médico e escritor Moacyr Scliar: ‘a cesta de lixo é a grande amiga
do escritor.’ (Correio Braziliense, 31 ago. 1996. D.A. Press)”.
Liliam
Aparecida Alves Paes
“Na minha infância não tive contato com os livros,
mas a vontade de estudar sempre esteve presente em minha vida, embora meus pais
não tivessem concluído as séries do ensino fundamental II, me incentivavam.
Meu primeiro contato com a leitura e a escrita foi
com a cartilha Caminho Suave, embora não seja um livro literário e sim uma
cartilha de alfabetização, me encantava e fazia sonhar. São inesquecíveis as
historinhas do R de rato, o C da casa e o F de faca. Gostava muito de repetir
as historinhas, lia na escola e em casa, meus irmãos ficavam repetindo comigo.
Os primeiros contatos com a leitura é de
fundamental importância para as nossas percepções futuras, pois interferem na
formação do ser humano crítico, capaz de encontrar as possíveis resoluções para
os problemas sofridos pela sociedade, a qual se pertence. Gosto da ideia de
humanização pela leitura de Antonio Cândido, pois acredito que a leitura pode
amenizar muitos conflitos”.
Renata
Flávia Pereira
"Sempre gostei muito de ler e escrever. Adquiri esse gosto pela
leitura e escrita com revistas em quadrinhos que meu pai trazia de suas
viagens. Adorava quando minha mãe lia aquelas historinhas para mim. Quando eu
aprendi a ler já foi um avanço. Eu devorava aquelas revistinhas, lia não sei
quantas vezes a mesma história e enquanto meu pai não trazia revistas novas eu
tentava criar meus próprios personagens e histórias. Eu só não sabia desenhas,
mas tudo bem.
O mais curioso é que eu tinha brinquedos, mas não curtia tanto porque era sempre a mesma coisa. Já os quadrinhos não, as histórias eram diferentes, ambientes diferentes. E mesmo quando eu lia a mesma história, eu imaginava cenas diferentes a cada leitura.
Um tempo depois, na escola, gostava muito de escrever redações, criar minhas próprias histórias e lembro até hoje quando eu escrevi um texto em que a professora de língua portuguesa pediu para narrarmos um jogo de futebol. Tema que por sinal eu gosto muito e pra mim foi tão natural escrever que acho até que ficou bom porque ela gostou.
Essas são algumas das situações passadas que guardo em minha memória. A leitura e a escrita foram e são muito importantes em minha vida. É o meu momento de aprender, refletir, imaginar o ambiente da forma que eu desejar, fugir do lugar onde estou me transferindo para outra época e ou ambiente. Posso inventar, reinventar, criar o mundo ao meu modo e dar vida aquilo que só existe na minha imaginação"
Marcelo Massaruti
“Eu quando criança, não
tinha o hábito da leitura, pois minha mãe nunca incentivava esta pratica aos
filhos, imagino que isto deva acontecer também com nossos alunos, por isso
procuro incentivá-los.
As minhas primeiras experiências
com livros aconteceram na escola, com meu professor de português, que exigia a
leitura de um livro por mês, e foi ai que começou a despertar o gosto pela leitura.
Para mim a leitura é
transformação, essencial para o desenvolvimento da escrita, bem como para o
aprofundamento do vocabulário, é estar bem informado e antenado com o mundo.
No mundo nada se cria, tudo
se transforma”.
Silvana Luiza
Bravin Soares
“Minha iniciação no mundo das letras foi muito
familiar, pois quem me ensinou a ler e escrever foi uma mulher prá lá de
especial: minha mãe, minha professora na 1ª série.
Assim como acontecia com Newton Mesquita, os livros
na minha infância também me faziam imaginar os lugares, as situações, os
personagens. Transportavam-me a um outro mundo, o mundo da fantasia. E era
simplesmente maravilhoso! Durante as férias, na casa de meus avós, eu passava o
dia inteiro lendo a ‘Coleção Amigo da Infância’, com contos de Perrault,
Anderson, Grimm e outros autores.
Outro fato marcante, foi que na 8ª série participei
de um concurso de redação, no qual deveríamos escrever sobre o carteiro. Minha
redação foi selecionada em 1º lugar e como prêmio ganhei o livro ‘O Pequeno
Príncipe’.
Com o passar dos anos, o trabalho, compromissos,
casa, filhos, fizeram com que eu lesse cada vez menos, a ponto de passar anos
sem ler um único livro. Mas, sinto falta daquele período eu que eu ‘viajava’
com a leitura... Espero voltar a me encantar com os livros, e fazer da leitura
um hábito, como o hábito de escovar os dentes, dito pelo nosso colega Renan”.
Silvana Santina
Fabretti Martinez
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