domingo, 16 de junho de 2013

Plano de aula - Números Inteiros

Disciplina: Matemática

Ano/Série: 7ºano/6ªsérie

Bloco temático: Números e operações.

Conteúdo: Números Inteiros: Contextos e aplicações, representações e operações.

Tempo previsto: 2 semanas

Objetivos

- Identificar a localização de números inteiros na reta numérica;

- Compreender significados associados à escrita dos números inteiros, bem como operações e expressões envolvendo-os;

- Estabelecer correspondência entre situações concretas e contextos matemáticos que justifiquem o uso de números inteiros.

Justificativa

Diante da necessidade de ampliar o conhecimento dos diferentes conjuntos numéricos, buscando contextos próximos ao cotidiano dos alunos onde ele consiga perceber a aplicabilidade dos números inteiros como, por exemplo, nas escalas termométricas, na linha do tempo, saldos bancários e altitudes marítimas.

Estratégias/procedimentos

- Leitura e análise de um texto motivacional sobre números.
- Resolução de situações problemas;
- Jogos.

Recursos necessários

Caderno do aluno, livros didáticos, jogos numéricos com o uso da SAI, recursos lúdicos.

Avaliação

A avaliação ocorrerá durante todo o processo através da:
- observação da participação dos alunos em sala de aula e no uso da SAI;
- realização de tarefas em sala de aula e em casa, de trabalhos e pesquisas;
- avaliação escrita.

 
Atividades

 
1-    Leitura e análise de texto:
História dos números negativos




Os números negativos (como também o zero e os números imaginários) passaram tempos difíceis ao longo da História da Matemática. Durante séculos, foram considerados absurdos e inconcebíveis. Os números serviam para contar ou para exprimir medidas, e não há rebanhos com número negativo de carneiros, nem campos com número negativo de comprimento… Enquanto a noção de número estava ligada a noções de grandeza ou de quantidade, os números negativos não podiam ser naturalmente, concebidos nem aceites.

Mas eles teimavam em aparecer nas soluções dos problemas. E os matemáticos davam cabo da cabeça para encontrar métodos para resolver esses problemas sem usar os disparatados números negativos. Por exemplo, se procurava o valor de um número x que, somado a 100, desse 50, e se encontrava-50, isso queria dizer que era o problema que estava mal formulado, e que em vez de somar, se deveria ter subtraído… Como não havia “quantidades negativas”, a subtração de “quantidades positivas” era o expediente mais utilizado para conseguir “ignorar” os números negativos. Curiosamente, isto fez com que as regras de cálculo dos números negativos se tivessem desenvolvido antes de eles serem aceites na seleta sociedade dos sábios.


Hoje, os números negativos fazem parte do nosso quotidiano. Basta ligar a TV e ouvir os Boletins Metereológicos de Inverno para sabermos que, no Norte da Europa, ou na Sibéria, as temperaturas foram de -5, -10 ou -50 graus (negativos, isto é, abaixo de zero)… Sem que isso nos faça confusão.

 
2- Considere que na superfície do mar a altitude é zero. Use números negativos para indicar altitudes abaixo da superfície do mar e números positivos para indicar altitudes acima do nível do mar.
 
a)     Em que altitude está o pássaro?

b)     Em que altitude está o peixe?

c)     Que distância separa o pássaro do peixe?

3- Na reta abaixo, os alunos estão nos lugares de números inteiros consecutivos. Observe-a para responder as questões que se seguem.
 
I- Se o Tutu está no lugar do zero, indique quem está no lugar de:

a) +6                                                         b) +4

c) -2                                                          d) -4

II- Se o Deco está no lugar do -5, indique quem está no lugar de:

a) -8                                                          b) -1

c) 0                                                            d) +3

III- Se a Má está no lugar de +6, indique em que lugar está:

a) Tutu                                                     b) Deco

c) Talita                                                   d) Lalá


 4- Descrição do jogo - Régua de cálculo

Inicialmente construímos a régua de cálculo em cartolina, a partir de dois retângulos de cores diferentes. Ela é formada por duas retas numéricas que se movem para a direita e para a esquerda, permitindo resolver somas e subtrações.
 

5- Jogo das Perdas e Ganhos

Desenhe o tabuleiro na forma de pizza com quatro circunferências, colorindo-as de cores diferentes e intercalando entre elas os sinais de adição e subtração, depois jogam-se grãos para pontuar, contam quantos caíram em cada circunferência e o sinal em cada uma delas e finalmente realiza-se o cálculo podendo ser explorado seu aprendizado de maneira concreta. Vale destacar que é de fundamental importância os alunos registrarem os resultados no caderno, para familiarizarem-se com as expressões numéricas.
 

6- Jogo na SAI

- Jogos Numéricos – operações com números inteiros.

Disponível em:


- Um dia de compras
 

Disponível no Banco Internacional de Objetos Educacionais: <http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/12087>

A atividade consiste basicamente no fato do aluno ter que realizar compras em uma feira. Recebendo para isso uma lista de compras e um determinado valor para gastar. Na feira virtual há várias barracas que contém os mesmos produtos, porém com valores diferentes, possibilitando ao aluno a análise de onde comprar para que seu dinheiro seja suficiente e ele não fique devendo. E, caso ele fique devendo, esse saldo será representado por um número negativo.

Recuperação

A recuperação será contínua, através da retomada dos conceitos sempre que necessário e oportuno. Entretanto, a atividade seguinte pode e deve ser realizada a fim de sanar as dúvidas ainda existentes.

Os caminhos de Marcelo.
 
Desenvolvimento

Conte aos alunos que Marcelo mora numa vila e gosta de marcar as visitas que faz aos amigos. Peça que eles observem o exemplo dado (segunda-feira) e que completem o quadro.

Combine com os alunos que a distância entre duas casas vizinhas é de 01 unidade de comprimento e que no desenrolar da atividade passarão a identificar “unidade à direita” com “casas à direita”.

Dê um tempo para que executem a tarefa e analisem os caminhos percorridos por Marcelo em cada dia da semana. Em seguida proponha as seguintes questões:

1 - Qual o significado que deram para + e – no quadro?

2 - Em quantas casas Marcelo parou na terça-feira? E na quinta-feira? (A ponta da flecha indica as casas em que Marcelo parou).

3 - Em que dia Marcelo se afastou mais de sua casa ao final do percurso? Quanto? Para direita e para esquerda?

4 - Em que dia Marcelo andou mais? Quanto? Quando andou menos? Quanto?

5 - O que ocorreu no domingo?

6 - A que distância de sua casa Marcelo se encontrava ao final do percurso de casa dia da semana? Para a direita ou para a esquerda?

7 - Quanto Marcelo andou em cada dia?

8 - Se João mora três casas distante de Marcelo, marque a casa de João.

9 - Onde moram Renato e Diana, se os caminhos percorridos por Marcelo, direto de sua casa para a casa desses amigos, podem ser descritos por +2 e –2, respectivamente?

10 - Quem mora mais longe de Marcelo: Renato, Diana ou João?

11 - Quanto Marcelo anda para, saindo de sua casa, chegar à casa de Renato, passando pela casa de Diana e percorrendo o menor caminho possível?


 


Referências Bibliográficas

Iezzi, Gelson; Dolce, Osvaldo; Machado, Antonio. Matemática e Realidade: 6ª série. 5. ed. São Paulo: Atual, 2005.

Sites:

Operações com números inteiros na reta numérica. Disponível em: <emafs.blogspot.com/2010/.../operacoes-com-numeros-inteiros-na-reta>. Acesso em: 15/06/2013.

Jogo de Matemática: Perda e ganhos. Disponível em: <http://neuropsicopedagogianasaladeaula.blogspot.com.br/2012/04/jogo-de-matematica-perdas-e-ganhos.html>. Acessado em 15/06/2013

A matemática e os jogos. Disponível em: <http://www.rpedu.pintoricardo.com/matematica_e_os_jogos.php>. Acesso em 15/06/2013.

Os caminhos de Marcelo. Disponível em : <http://www.eventos.ibilce.unesp.br/didatica/analises/matematica/ordenacao/caminhos.htm>.Acesso em: 16/06/2013.
 
 
 
Observação: O plano de aula apresentado foi elaborado por todos os colaboradores deste blog.
 
 

terça-feira, 4 de junho de 2013


Depoimentos sobre leitura e escrita.


“Meu interesse pela leitura iniciou se cedo devido às histórias que meu pai contava para mim e para o meu irmão. Além disso, participava das evangelizações nas casas e como as leituras eram compartilhadas tinha vontade de participar, com isso quando comecei a ser alfabetizada não faltou motivação para começar a ler.

Na escola pegávamos livros na biblioteca líamos e depois contávamos as histórias com isso um sempre se interessava pelo livro do outro e estávamos sempre lendo. Depois no período de faculdade deixei um pouco de lado a leitura, observei que o fato de não termos livre acesso as prateleiras com os livros nos desmotivas. Quando comecei a lecionar trabalhei em uma escola onde os professores sempre comentavam o que estavam lendo e com isso voltei a ler.”

Fabiane Vieira Martins Zanata

 
 

“Ao ler o relato do pintor Newton Mesquita lembrei-me do tempo em que eu era apenas uma colegial e morria de medo de ter que escrever uma redação (não importando o gênero). Ao ter que colocar no papel meus pensamentos, sentimentos e opiniões, era acometida por uma angústia inexplicável, que tomava conta de todo o meu ser e me paralisava. Passava horas e horas diante da folha em branco, com o lápis na mão, as ideias “fervendo” sem saber por onde começar e muito menos como terminar. Isso só começou a mudar quando cursava a terceira série do ensino médio, e minha estimada professora Maraíza solicitou que escrevêssemos um texto (tema e gênero livres). Eu, como sempre, passei horas sem saber o que escrever, até que decidi escrever sobre o sofrimento que tal ato me causava. Sem perceber, fiz daquele pedaço de papel o meu “amigo” confidente. E, para minha surpresa, essa foi a melhor redação que escrevi enquanto aluna, recebi uma ótima nota e mais do que isso, junto com ela, recebi palavras de incentivo, que me deram coragem para simplesmente escrever, sem qualquer tipo de receio. Assim aprendi que é escrevendo que se aprende a escrever, primeiramente faça um rascunho, depois é só passar a limpo. Como disse o médico e escritor Moacyr Scliar: ‘a cesta de lixo é a grande amiga do escritor.’ (Correio Braziliense, 31 ago. 1996. D.A. Press)”.

Liliam Aparecida Alves Paes

 
 

“Na minha infância não tive contato com os livros, mas a vontade de estudar sempre esteve presente em minha vida, embora meus pais não tivessem concluído as séries do ensino fundamental II, me incentivavam.

Meu primeiro contato com a leitura e a escrita foi com a cartilha Caminho Suave, embora não seja um livro literário e sim uma cartilha de alfabetização, me encantava e fazia sonhar. São inesquecíveis as historinhas do R de rato, o C da casa e o F de faca. Gostava muito de repetir as historinhas, lia na escola e em casa, meus irmãos ficavam repetindo comigo.

Os primeiros contatos com a leitura é de fundamental importância para as nossas percepções futuras, pois interferem na formação do ser humano crítico, capaz de encontrar as possíveis resoluções para os problemas sofridos pela sociedade, a qual se pertence. Gosto da ideia de humanização pela leitura de Antonio Cândido, pois acredito que a leitura pode amenizar muitos conflitos”.

Renata Flávia Pereira

 


"Sempre gostei muito de ler e escrever. Adquiri esse gosto pela leitura e escrita com revistas em quadrinhos que meu pai trazia de suas viagens. Adorava quando minha mãe lia aquelas historinhas para mim. Quando eu aprendi a ler já foi um avanço. Eu devorava aquelas revistinhas, lia não sei quantas vezes a mesma história e enquanto meu pai não trazia revistas novas eu tentava criar meus próprios personagens e histórias. Eu só não sabia desenhas, mas tudo bem.

O  mais curioso é que eu tinha brinquedos, mas não curtia tanto porque era sempre a mesma coisa. Já os quadrinhos não, as histórias eram diferentes, ambientes diferentes. E mesmo quando eu lia a mesma história, eu imaginava cenas diferentes a cada leitura.

Um  tempo depois, na escola, gostava muito de escrever redações, criar minhas próprias histórias e lembro até hoje quando eu escrevi um texto em que a professora de língua portuguesa pediu para narrarmos um jogo de futebol. Tema que por sinal eu gosto muito e pra mim foi tão natural escrever que acho até que ficou bom porque ela  gostou.

Essas são algumas das situações passadas que guardo em minha memória. A leitura e a escrita foram e são muito importantes em minha vida. É o meu momento de aprender, refletir, imaginar o ambiente da forma que eu desejar, fugir do lugar onde estou me transferindo para outra época e ou ambiente. Posso inventar, reinventar, criar o mundo ao meu modo e dar vida aquilo que só existe na minha imaginação"

 
Marcelo Massaruti
 
 
 

“Eu quando criança, não tinha o hábito da leitura, pois minha mãe nunca incentivava esta pratica aos filhos, imagino que isto deva acontecer também com nossos alunos, por isso procuro incentivá-los.

As minhas primeiras experiências com livros aconteceram na escola, com meu professor de português, que exigia a leitura de um livro por mês, e foi ai que começou a despertar o gosto pela leitura.

Para mim a leitura é transformação, essencial para o desenvolvimento da escrita, bem como para o aprofundamento do vocabulário, é estar bem informado e antenado com o mundo.

No mundo nada se cria, tudo se transforma”.

Silvana Luiza Bravin Soares

 
 
 

“Minha iniciação no mundo das letras foi muito familiar, pois quem me ensinou a ler e escrever foi uma mulher prá lá de especial: minha mãe, minha professora na 1ª série.

Assim como acontecia com Newton Mesquita, os livros na minha infância também me faziam imaginar os lugares, as situações, os personagens. Transportavam-me a um outro mundo, o mundo da fantasia. E era simplesmente maravilhoso! Durante as férias, na casa de meus avós, eu passava o dia inteiro lendo a ‘Coleção Amigo da Infância’, com contos de Perrault, Anderson, Grimm e outros autores.

Outro fato marcante, foi que na 8ª série participei de um concurso de redação, no qual deveríamos escrever sobre o carteiro. Minha redação foi selecionada em 1º lugar e como prêmio ganhei o livro ‘O Pequeno Príncipe’.

Com o passar dos anos, o trabalho, compromissos, casa, filhos, fizeram com que eu lesse cada vez menos, a ponto de passar anos sem ler um único livro. Mas, sinto falta daquele período eu que eu ‘viajava’ com a leitura... Espero voltar a me encantar com os livros, e fazer da leitura um hábito, como o hábito de escovar os dentes, dito pelo nosso colega Renan”.

Silvana Santina Fabretti Martinez